1 de fevereiro de 2013

Quero fazer contigo o que a primavera faz as cerejas.


"Quando não te doeu acostumar-te a mim,
à minha alma solitária e selvagem,
a meu nome que todo afugentam.
Tantas vezes vimos arder o luzeiro 
nos beijando os olhos e sobre nossas cabeças destorcer-se
os crepúsculos em girante abanos.
Sobre ti minhas palavras choveram carícias.
Desde faz tempo amei teu corpo de nácar ensolarado.
Chego a te crer a dona do universo.
Te trarei das montanhas flores alegres,
copihues, avelãs escuras, e cestas silvestres de beijos.

Quero fazer contigo o que a primavera faz com as cerejas."

Pablo Neruda

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