o ódio transforma-se em tempo, o amor
transforma-se em tempo, a dor transforma-se
em tempo.
os assuntos que julgámos mais profundos,
mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis,
transformam-se devagar em tempo.
por si só, o tempo não é nada.
a idade de nada é nada.
a eternidade não existe.
no entanto, a eternidade existe.
os instantes dos teus olhos parados sobre mim eram eternos.
os instantes do teu sorriso eram eternos.
os instantes do teu corpo de luz eram eternos.
foste eterna até ao fim.
José Luís Peixoto
A Casa, a Escuridão
Adoro José Luis Peixoto, exceptuando o Abraço ao fim das primeiras 475 páginas!
ResponderExcluirTambém gosto muito de José Luís Peixoto, mas só tenho lido algumas crónicas ou poemas.
ExcluirAinda não li nenhum livro dele.
Muito bem dito. Só o conheço de algumas crónicas que escreve para a Visão, mas tenho de lhe dar oportunidade nos livros, está visto. Obrigado pela partilha, Margarida.
ResponderExcluirJá trouxe um livro dele da biblioteca para ler e não consegui... Mas tenho de lhe voltar a dar uma nova oportunidade porque até gosto das crónicas dele na visão!
ResponderExcluiradoro o luis peixoto :)
ResponderExcluirBoa semana :)
Oh... que lindo. Amei.
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