25 de outubro de 2013

How to write your thesis in ten minutes a day...

(clicar na imagem para aumentar)

Portanto, a modos que estou na segunda fase. Se não tiverem notícias minhas depois de 31 de Outubro, é porque não sobrevivi.

21 de outubro de 2013

Aquele momento em que...

...estou sem criatividade para escrever sobre criatividade.

Palestra de Gary Yourofsky na segunda sem carne

Infelizmente este é um daqueles post que vai passar ao lado de muita gente (isto tendo em conta que passam por aqui poucos, talvez não interesse mesmo a ninguém... mas adiante), porque a blogosfera é feita de roupa e sapatos, lugares bonitos, sushi e afins. Mas se há coisa que eu ainda tenho é esperança. A ver se este meu texto e a palestra mudam um pouco os hábitos de alguma pessoa. 

Tinha este documentário em stand by já há algum tempo, até que na quinta-feira passada decidi ver e é sem dúvida uma das melhores palestras que eu já vi!

Gary Yourofsky é activista dos direitos dos animais e vegan há 15 anos. Nos últimos anos tem percorrido os Estados Unidos dando palestras em escolas. Gary afirma que comemos carne, peixe, queijo e ovos por quatro razões: hábito, tradição, conveniência e sabor.

A essas quatro razões junto mais uma: ignorância. Acredito que mais conhecimento alarga os horizontes e ajuda-nos a descobrir novas formas de viver. Desta maneira esta palestra enquadra-se no principio das segundas sem carne. Não espero que ninguém se torne vegetariano ou vegan de um dia para o outro, mas pelo menos um dia por semana porque não deixar a carne, peixe e ovos de lado?
Por nós, pelos animais e pelo planeta é necessário ter uma alimentação mais consciente.

Palestra de Gary Yourofsky


Devo dizer que fiquei muito mal disposta com o primeiro vídeo que ele apresenta, onde vemos como os animais são tratados nos matadouros. No segundo vídeo onde vemos um homem a bater em vacas e num bezerro, só me deu vontade de espancar o homem!
Não podemos assobiar para o lado e fingir que isto não acontece. Acontece sim! E é na indústria do leite. Acontece porque queremos começar o nosso dia com uma tigela de cereais e leite.

Aqui em casa já há muito que aderimos ao leite de soja, mas ainda bebíamos o leite de vaca com os cereais da manhã, mas na sexta-feira, no dia a seguir de vermos esta palestra, abrimos o último pacote de leite de vaca que tínhamos aqui em casa e decidimos não voltar a beber leite de vaca.

Sessão de perguntas e respostas


Para quem teve paciência para ver uma palestra de duas horas sobre vegetarianismo e direito dos animais, digam lá, o homem é mesmo inspirador né?

20 de outubro de 2013

Wishlist #6

Cada vez mais custa-me gastar dinheiro em livros. Principalmente porque é para os ler uma vez e nunca mais pegar neles. Ainda assim vou comprando livros, principalmente se estiverem em promoção e se forem dos meus autores preferidos.

Mas ultimamente os livros em que prefiro investir dinheiro, são aqueles em que posso aprender (não se incluí aqui os livros da tese, esses são mesmo por obrigação), é nesse âmbito que aqui apresento dois dos livros que quero mesmo comprar.


O espanhol Marc Estévez Casabosch, aos 20 anos nunca tinha cultivado nada e não comia vegetais. Até que decidiu descobrir de onde "vêm os alimentos" e rumou aos Pirenéus, desde então dedicou-se à agricultura e agora 12 anos depois ele e a sua família vivem praticamente daquilo que cultivam.
Como um dos meus objectivos a médio prazo é ter um casa com um quintal suficientemente grande para poder cultivar, este livro é o melhor para começar a estudar sobre o assunto.



Tenho para mim que aquelas malditas gorduras localizadas na minha barriga e na anca, não estão cá devido aos doces, mas por causa do trigo. Por isso, já há muito que pensei mudar os meus hábitos alimentares, mas o hábito é tramado!
Deste modo, este livro do Dr. William Davis, cardiologista americano, enquadra-se perfeitamente nesta minha tentativa de banir o pão e as massas, até porque traz receitas, o que permite adaptar ainda melhor a alimentação.

19 de outubro de 2013

Omelete de claras?


O que eu me ri com isto!

16 de outubro de 2013

Ele faz-me rir e eu também o amo por isso!

De entre todas as coisas que fazem com que eu goste dele, a maneira como ele me faz rir é uma delas! E por coisas tão tontas...

No outro dia estava na cama e ele na secretária, até que se virou para mim e começou a falar com o sotaque alentejano*, mas não é um sotaque qualquer, é o sotaque de Campo Maior (há que frisar bem esta diferença) e enquanto ele estava ali a reproduzir um típica conversa de duas senhoras Campomaiorenses, eu ria-me, ria-me e ria-me...

Ou então como ontem, quando metemos a música dos Pitufos Makineros (coisa de espanhóis) e começamos a dançar como "esquilos esquizofrénicos", ou melhor ele dançava e eu tentava dançar enquanto me ria da "tontaria" que ele fazia.


* Só para contextualizar que o homem é Campomaiorense, mas tirando pequenas nuances, quase não tem sotaque alentejano. E quanto aos Pitufos, durante grande parte da vida dele conhecia os Estrunfes ou Smurfs por Pitufos.

14 de outubro de 2013

A Beleza

"Se querem saber algo mais sobra a beleza, o que é exactamente, consultem uma história da arte e verão que cada época tem as suas vénus e que estas vénus (ou apolos), reunidas e confrontadas fora do contexto da sua época, constituem uma família de monstros."

by Bruno Munari

11 de outubro de 2013

Amar mata?

"Estou a favor da criação de um porta-corações com a seguinte inscrição: amar mata. Qual a funcionalidade desta caixinha? Alertar o dador de amor, deixando-o por sua conta em risco, neste nobre sentimento que se narra a dois mas que se vive a sós consigo mesmo, “cá dentro”. Não há limite de idade para a sua experimentação e os efeitos secundários serão os mesmos num pré-adolescente ou num idoso em fim de vida: esta pode muito bem ser a melhor coisa que já se sentiu em toda a vida.

Acho que devia fazer parte das medidas do Sistema Nacional de Saúde a criação de uma advertência para quem de bom grado está prestes a dar o seu coração a alguém, talvez, sobre a forma de circular ou até mesmo, num comunicado feito pelo Presidente em que este diz que entre as várias medidas de austeridade do país, o amor é uma delas. Mas porque encontro eu a necessidade de tais alertas? Simples: isto do amor é perigoso.

Tem efeitos secundários físicos e psicológicos que nos fazem balançar numa quase perfeita teoria do caos, ora os mais felizes à face da Terra, ora o mais ordinário e infeliz dos seres humanos. Dá-nos alucinações e convence-nos que todos os dias o sol nasce e os pássaros cantam porque temos a quem amar e porque somos amados, sendo as leis da natureza deixadas de lado, pois amor quando é amor é foragido e não responde a nenhum juiz.

Cria dependência e faz de homens e mulheres sensatos seres desnorteados perante o seu "dealer" de amor. E o pior? Quando este se recusa a vender-nos mais do seu amor, mais uma dose, só para hoje, só para agora, para curar as dores, para fazer o coração bater de novo.

Chegados a este ponto somos maus para o negócio pois mostramos aos possíveis consumidores de amor o estado em que se fica quando se experimenta este sentimento, mesmo que num ambiente controlado, só para fins recreativos. E há os amor-dependentes, os que incapazes de viver sem amor se contentam com um amorzinho, que ao invés de uma explosão de "peta-zetas" por todo o corpo se limita a causar o incómodo da picada de um mosquito. Entende-se, não é fácil amar sozinho o que o outro amava em nós.

Até o experimentarmos estamos plenamente convencidos que esta coisa do amor só acontece aos outros. Presunçosos, sentimos que somos mais espertos, mais duros, basta-nos dizer um “não quero brincar mais”. Então porque mata o amor? O amor mata quando leva a uma depressão, a tentativas de suicídio, à noção de que sem o nosso amor a vida perde todo o sentido e falta o ar, o chão, o peito dói e os olhos escorrem-nos pelo rosto em cascata. Estou para mim que ainda hoje, algures numa sala de urgência de um qualquer hospital, um qualquer médico poderia ter declarado um óbito por amor.
Ainda assim, com todos estes riscos e todos estes contras, continua a ser a maior epidemia de todos os tempos, à qual todos nós nos queremos expor em contágio. E eu, que disto do amor nada sei, digo: antes morrer de amor, do que viver uma vida inteira sem sentir que, um dia, quase se morreu."

2 de outubro de 2013

Professores.... sem louvores

"Não deixo de ficar perplexo com aquilo a que assistimos, ano após ano, no começo de cada ano escolar — opto por não utilizar a denominação "ano lectivo", porque ainda há muita gente sem professores, muitos professores sem emprego e muitas escolas sem aulas, logo, de lectivo, até agora, este ano tem muito pouco.

É preocupante que, em 2013, ainda se verifiquem casos como os que recentemente tenho visto.

Nos últimos dias, por exemplo, soube que, num país que se orgulha perante os seus parceiros europeus de ter uma educação inclusiva (onde se juntam crianças ditas "normais" com crianças com necessidades especiais, porque isto beneficia todas nos respectivos processos educativos), existem cerca de 400 crianças com necessidades educativas especiais que ainda não podem ir à escola, porque as mesmas não têm professores com as devidas competências para as acompanhar, fruto do já épico e cada vez mais ridículo processo de colocação de professores. É absolutamente inenarrável!

Conheci ainda o caso de um professor do ensino secundário que foi colocado numa escola a dar aulas ao 1.º ciclo... (calculo que estejam a franzir a testa tal como eu o fiz quando vi a peça na televisão). O "pobre diabo" viu-se forçado a uma readaptação coerciva e está dar aulas em três escolas diferentes, a turmas de 1.º e 2.º ciclos. As crianças do 1.º ciclo não lhe conseguem ler a letra que há muito deixou de ser redonda como todos a aprendemos! E deixou de ser redonda porquê? Não por desleixo, não por falta de competência, mas porque os alunos do ensino secundário não precisam de letra "da primária" para lerem o que lhes é escrito no quadro!

Mas isto ao pé da obrigatoriedade do Inglês no 1.º ciclo, convenhamos que pouco ou nada importará. Perdoe-se-me a tendência para a mesquinhice! O que não entendo é o porquê de não se acautelarem situações destas. Não consigo entender, não consigo mesmo! Porque é que ninguém se preocupa com o facto deste pobre homem não ter formação adequada para o fazer? E ninguém pensa que são as crianças quem paga a factura! Turmas com mais de 25 alunos, algumas com 45! E um professor...

Não estamos a falar do ensino universitário onde está quem quer e as aulas são muitas vezes leccionadas em auditórios com capacidade para mais de 200 pessoas. Este é o ensino obrigatório! Obrigatório para alunos e cada vez mais obrigatório e castrador para os professores! Ou seja, neste caso em particular, as crianças são então obrigadas a "aprender" com um professor do ensino secundário que se vê ele próprio a dar aulas a "putos" de oito anos...

Não menosprezando de modo algum o esforço hercúleo deste professor apaixonado de destino assim traçado e que tem o mesmo objectivo que todos nós, chegar ao fim do dia e ter pão para pôr na mesa. É assim, ou melhor, é uma tristeza, esta educação à portuguesa!"